Um dos programas de aclimatação para nossa expedição Andes da Bolívia, foi a oportunidade de sentir a leveza no ar da maior ave voadora do mundo, em uma visita de 1 dia ao seu santuário no Canyon do rio Colca, nos arredores de Arequipa.

Uma imensidão de Vulcões 

Depois da longa viagem até Arequipa, pouco dormimos pois o grupo saiu às 03:00 da manhã rumo a Chivay, pequena vila que faz o hub do passeio.

São cerca de 4 horas de viagem por uma estrada sinuosa, sempre subindo, até chegar, logo no amanhecer, no Mirante dos Vulcões Patapampa à 4.850 msm.  Um lugar com visão privilegiada dos inúmeros vulcões que circundam a região de Arequipa.  A visão é impressionante pois a região de Arequipa tem uma quantidade muito grande de vulcões – e alguns ativos!

Estava bastante frio e havia nevado a noite, o que deixou a paisagem ainda mais especial e bonita.

Na descida da van, sentimos um pouco a altitude, mas logo ao caminhar no mirante já nos sentimos melhores, já fazendo parte do nosso processo de aclimatação para a expedição.  Algumas pessoas acabaram passando mal neste momento, sentindo o efeito da altitude.

Chivay – simpático e aconchegante vilarejo

Chegamos a Chivay que está a 3.600 msm pela manhã e, depois de adquirir o ingresso no pórtico de entrada, seguimos para uma hospedagem para o café da manhã, simples e muito gostoso.

Aproveitamos o tempo que o grupo ainda ficou na hospedagem para irmos conhecer na praça da cidade a igreja com características da colonização espanhola.  Desta praça, é possível ter a impressionante visão do vulcão Sabancaya (5.976 msm) expelindo uma fumaça alta e constante.

Durante o almoço, ao invés do restaurante programado no roteiro, optamos por andar e conhecer mais detalhes da cidade e da vida de seu povo.  A cada esquina descobrimos a diversidade de frutas e grãos no mercado e a busca pelo resgaste da cultura ancestral Inka e Aymara, o que nos deixou fortemente impressionados.

A leveza do voo da maior ave voadora do mundo

É preciso chegar muito cedo na Cruz del Colca, mirante a 4.000 msm onde se vê todo o canyon, pois é neste horário que os condores saem de seus ninhos encrustados nas pedras para darem seus voos que deixam os turistas boquiabertos.

A visão do Canyon é espetacular por sua grandiosidade e profundidade (2 vezes mais profundo que o Grand Canyon nos Estados Unidos), embora nossa observação tenha ficado uma pouco prejudicada pelas nuvens logo abaixo do mirante.

Os momentos seguintes são de muita expectativa para encontrar o melhor ângulo para admirar o sobrevoo mas, assim que se identifica um pequeno ponto preto entre a paisagem, o êxtase toma conta de todos e não se olha para nenhum outro lugar senão para o canyon, acompanhando a leveza das manobras e registrando da melhor maneira possível.

No retorno ainda em Chivay, é possível optar por banhos termais ou um passeio de tirolesa.

Nós optamos por ficar no vilarejo observando os costumes e sentido mais de perto a marcante cultura de um povo distante das grandes cidades e que conservam sua cultura e tradições.

SERVIÇOS
  • Há diferentes opções de contratação do passeio – 1 dia (o nosso caso ficando 42 USD ppa), 3 dias e até mesmo de bicicleta. Consulte a Quechua Explorer AM para detalhes e informações.
  • Para quem vai para uma expedição a alta montanha, é uma excelente opção de aclimatação, assim como, para as pessoas que não tem essa programação. Os cuidados com o mal de altitude não devem ser desprezados: então ai vão as dicas: tome muita água (antes, durante e depois),  caminhe com suavidade e caso sinta enjoo e ânsia de vomito, você pode mascar folha de coca ou ainda tomar um comprimido (há bons produtos vendidos nas farmácias locais)
  • O pagamento do ingresso em Chivay se dá para fomentar a preservação e custa 70 soles ppa para estrangeiros
  • O preço das termas la Calera é a parte do passeio e sai por 15 soles.

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