Nada melhor que celebrar a abertura de um novo ano de 2018 em um lugar fantástico no Parque Provincial Aconcágua – a montanha mais alta das Américas.

Neste dia a programação da expedição A+R Summit Experience previa, dentro do processo de aclimatação, um trekking até o cume do Cero Bonete que está a 5.050 m de altitude.

O que era para ser apenas mais uma etapa na aclimatação à altitude, se tornou um desafio e um pesadelo, colocando dúvidas em relação à sequência da expedição.

2018 começou com muita neve e frio

O ano começou com tudo o que uma alta montanha pode reservar: mudanças repentinas de clima acompanhado de ventos, frio e muita neve.

Nossa saída se deu muito cedo logo, após o café da manhã e, por decisão dos guias, nosso grupo se juntou a outros 2 que estavam fazendo trekking ao Campo Base, aumentando demasiadamente a quantidade de pessoas e sobrecarregando os guias na função de acompanhamento e orientação.

Além disso, a fusão dos grupos mostrou-se inadequada pois era muito heterogêneo, impactando no ritmo do trekking.    Mas ainda assim, saímos em direção ao cume do Cerro Bonete.

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Oportunidade de avaliar equipamentos e o início de uma preocupação na expedição

Com a condição climática bem complicada, a expedição ao Cerro Bonete se tornou também uma ótima oportunidade de testar os equipamentos para os campos de altitude fundamentais em alta montanha.

Nossas segundas peles, jaquetas térmicas e anoraks foram suficientes para suportar o frio de -5 graus e nos proteger dos ventos, chuva e neve que foram constantes em todo o percurso.

O teste das botas duplas Asolo, um dos equipamentos que alugamos em Mendoza, era uma dos pontos mais esperados, por ser um calçado especial e fundamental para as próximas etapas da expedição.

Com a orientação de nossos guias, vestimos as botas e seguimos o percurso do trekking em terreno bastante acidentado, variando entre pedra e gelo.

A adaptação do Ricardo foi evoluindo ao longo do trekking e, apesar da dinâmica do passo ser diferente, acabou se acostumando com a bota.

Já com a Andrea, a experiência foi oposta: ao longo do trekking e com as condições de terreno, a bota batia constantemente em sua tíbia e, apesar das dores e dificuldade para o trekking, ela não desistiu e fez todo o percurso.

Celebramos juntos nossa chegada a mais um cume!!

A volta para Plaza de Mulas teve que ser apressada pois uma tormenta de vento e neve se aproximava e acabou nos apanhando ainda no início da descida.

De volta ao Campo Base, pudemos ter uma avaliação melhor da extensão da lesão da Andréa: a tíbia estava bem inflamada e não permitia sequer calçar a bota dupla.

Essa situação nos deixou muito preocupados pois nos próximos dias já estaríamos indo para os campos de altitude e o uso da bota dupla é essencial para esta fase da expedição, em especial devido ao frio e gelo.

Cume Bonete