Retornando a Plaza de Mulas permanecemos acompanhando a evolução do grupo e a tentativa de cume pelo rádio, ao mesmo tempo em que conhecíamos montanhistas de todas as partes do mundo.
As notícias que chegavam confirmavam as previsões de muita neve e ventos, tanto que alguns grupos anteciparam o ataque ao cume e conseguiram uma janela mais favorável e o alcançaram de maneira menos complicada.
Analisando depois, esta poderia ter sido uma estratégia de nosso grupo também.
O ataque ao cume em situação de risco
Pelo rádio soubemos que o grupo havia alcançado o cume do Aconcágua e celebramos por eles junto com o time da Inka Expediciones. Depois ficamos sabendo que, dos 6 membros do grupo, 2 alcançaram o cume e o ataque foi feito debaixo de muita neve e com baixa visibilidade que representa um perigo pois há o risco de se cair em uma greta não visível.
Felizmente, depois de 2 dias todos já estavam de volta exaustos mas passando bem e pudemos ouvir as histórias e os desafios que enfrentaram no ataque ao cume.
De volta para o começo mas com algo mais na mochila
No dia seguinte, estávamos todos prontos para nosso regresso à cidade de Mendoza. Foram 8,5 horas de trekking até Horcones, passando por Confluência para uma breve lanche.
Na entrada do Parque Provincial Aconcágua aguardávamos a van que nos levaria diretamente para Mendoza com um sentimento indescritível de gratidão pela experiência vivida e muito respeito por esta montanha que tem um significado de grandes transformações em nossas vidas.
O aprendizado e o verdadeiro sentido do cume dentro de cada um, viver um dia após o outro, estar 100% naquilo que está fazendo é o maior legado que carregamos em nossas mochilas para onde formos e em todos os momentos de nossos dias.
Aconcágua transformador!
A montanha sempre viva em nossa alma e coração!